quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Goodnight


Goodnight, lover.
Let me take care of you
Like nobody else did before
As you wish, as you asked her.

Goodnight, honey.
Let me sing you to sleep
Be your angel and cherish you
Only you and me.

Goodnight, baby.
Let me take you to heaven
Then let you go down, down, down
Until we both reach hell.

Goodnight, savivour.
Let me tell you one more time
I love you with my soul
And I'll never let you go.

Ever.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Confissões de uma pseudo-filósofa do século XXI




Oh! Quem me dera viver na Grécia Antiga, onde os filósofos eram valorizados e a ignorância era o principal mal a ser combatido. Onde o conhecimento era glória e a filosofia, o maior de todos os saberes. 
Que honra seria ser discípula de Sócrates ou Platão, ter aulas no Liceu, e talvez até morrer ao me recusar a pisar em um feijão pelo qual tenho adoração. Quem sabe até propor um sistema econômico-social que revolucionaria não só a minha época, mas que seria estudado por intelectuais futuros e, quem sabe, serviria de molde para sociedades alternativas experimentais. 
Do contrário, vivo em um tempo em que, para os olhos da sociedade, os filósofos não passam de vagabundos e as universidades de Filosofia se esvaziam mais a cada dia. Vivo em uma época em que o saber teórico de nada vale, se não pode ser aplicado para auxiliar a ordem e o progresso. 
Ora, sendo eu nada mais que uma mera pseudo-filósofa (não posso igualar-me a Platão ou Sócrates, afinal), qual seria minha contribuição para as engrenagens do sistema capitalista? Que consumidora de segunda categoria seria eu se não pudesse ganhar um salário digno vendendo minha alma ao banqueiro e comprar todos os bens que eles mesmos me empurram goela abaixo? Qual seria a real utilidade da Filosofia no século XXI se não me proporciona respaldo financeiro?
Não sei quem foi que disse que tudo deve ter uma utilidade prática, nem quem determinou que a dignidade de uma pessoa deveria ser medida de acordo com os bens que ela possui. Todavia sei que enquanto a Filosofia abrir espaço para a reflexão , incomodar e propor uma alternativa para as injustiças da atualidade, então será ainda o mais nobre de todos os saberes. 

Dias de misantropia ao contrário.

     Hoje acordei com a minha alma de filósofa inquieta e perturbada. Tal fato me levou, voluntária ou involuntariamente, a trocar ideias com pessoas diversas, a conhecer vidas diversas e a admirar a existência humana em suas mais variadas formas. 
     No diálogo com estas pessoas, vi muitas das minhas convicções serem colocadas contra a parede, e muitas delas caíram por terra. Simples assim. Tantas outras vezes deparei-me com situações que fizeram meus ideais desmoronarem em ruínas... E não há nada de errado com isso. O bonito do ser humano é a sua efemeridade, sua capacidade de mutação, de refutar antigas convicções e acatar novas quiçá completamente opostas. Mudar significa estar vivo, estar exposto a novas ideias e novos pensamentos. Mudar significa não estar estagnado, mas sim estar pensando e questionando. 
     Certa vez disseram-me algo como "penso, logo existo", e hoje vejo com clareza que existir é, de fato, pensar. Posso não ser René Descartes, no entanto sei o quão valiosa é a arte de pensar e refutar, de construir e desconstruir, de existir. 
     Cada existência é única, cada vida é valiosa. Cada indivíduo carrega dentro de si um mundo todo, cheio de contradições e ideais frágeis, prontos para serem quebrados e darem lugar a outros igualmente frágeis. E essa é a essência de ser humano, de estar vivo. 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Toma.


Toma
Toma minha alma
Aquela que não é mais minha
Impura, perdida em algum canto.
Leva minha alma toda
Toma.
É tua.

Toma
Toma mais um cálice desse vinho barato
Um trago do meu cigarro entre uma conversa e outra
Aquelas conversas tão banais, tão carnais
Esquecidas em algum canto da tua memória
E tão vivas na minha.

Toma
Toma esse meu corpo debilitado
Promíscuo, sem valor
Todo entregue ao teu ser
Já não o quero mais pra mim
Não o possuo mais
Ele não me pertence.

Toma
Toma conta de mim
Da minha existência epicena
Das minhas palavras sem sentido
Dos meus pensamentos corrompidos
De tudo aquilo que um dia já foi
Nós.

Toma.
Leva embora minha alegria
Minha voz rouca, sem força
Tão sem expressão perto da tua
Que até hoje corta prazerosamente meus ouvidos
Que embala minhas noites como uma cantiga de ninar
Até que eu pegue no sono
Sem saber, sem pensar

Toma
Toma toda a minha vida
Minha tristeza, minha solidão
Minha felicidade, minha ilusão
Meus medos, meu perdão.
Volta pra mim e leva tudo
Tudo que nunca deixou de ser teu
Tudo, simplesmente.
Toma tudo.
É tudo teu.