quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dias de misantropia ao contrário.

     Hoje acordei com a minha alma de filósofa inquieta e perturbada. Tal fato me levou, voluntária ou involuntariamente, a trocar ideias com pessoas diversas, a conhecer vidas diversas e a admirar a existência humana em suas mais variadas formas. 
     No diálogo com estas pessoas, vi muitas das minhas convicções serem colocadas contra a parede, e muitas delas caíram por terra. Simples assim. Tantas outras vezes deparei-me com situações que fizeram meus ideais desmoronarem em ruínas... E não há nada de errado com isso. O bonito do ser humano é a sua efemeridade, sua capacidade de mutação, de refutar antigas convicções e acatar novas quiçá completamente opostas. Mudar significa estar vivo, estar exposto a novas ideias e novos pensamentos. Mudar significa não estar estagnado, mas sim estar pensando e questionando. 
     Certa vez disseram-me algo como "penso, logo existo", e hoje vejo com clareza que existir é, de fato, pensar. Posso não ser René Descartes, no entanto sei o quão valiosa é a arte de pensar e refutar, de construir e desconstruir, de existir. 
     Cada existência é única, cada vida é valiosa. Cada indivíduo carrega dentro de si um mundo todo, cheio de contradições e ideais frágeis, prontos para serem quebrados e darem lugar a outros igualmente frágeis. E essa é a essência de ser humano, de estar vivo. 

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