Antes de começar, um adendo: este
texto está repleto de hiperlinks, então sempre que algo estiver em negrito como
isso, coloquei alguma informação
extra especial.
Ano Novo é uma data de passagem. E eu
sempre me intriguei com passagens e transições, até por não lidar muito bem com
a maioria delas e morrer de medo da efemeridade das coisas. Vi muita gente
escrevendo aquelas pieguices de todo fim de ano em seus blogs ou em suas contas
do Facebook, então decidi escrever algo aqui também para não passar em branco.
Mas como repudio qualquer tipo de clichê e sentimentalismo forçado ou falso,
decidi nem me arriscar. Vou, sim, fazer uma retrospectiva do meu ano. Mas uma
retrospectiva musical.
Apesar de o nome desse blog ser When
The Music Dies (aliás, fazendo referência a uma música lindíssima de uma intérprete azeri maravilhosa), a música não morreu em 2012 para mim; muito pelo
contrário. Descobri artistas maravilhosos e ouvi álbuns que me agradaram muito
daqueles que já conhecia.
Começando, claro, pelo Eurovision Song Contest, minha maior
obsessão. Foi o ano das baladas, o que me deixou bem satisfeita. Apesar de eu
estar esperando um nível maior das canções, me apaixonei de verdade por algumas
e passei a acompanhar alguns artistas em suas carreiras fora do Eurovision.
A música que mais me fascinou na competição este ano
foi, sem dúvida alguma, Nije Ljubav Stvar, do veterano sérvio Željko
Joksimović. Željko já era meu conhecido de longa data, por ter se apresentado no Eurovision 2004, por ter escrito a música sérvia
de 2008 e por ter feito uma versão
étnica de uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos. É um dos músicos mais premiados
e talentosos dos Bálcãs, e sua entrada para o Eurovision 2012 não deixou a
desejar em aspecto algum.
Outra entrada que me cativou, em
um estilo bem diferente da anterior, foi Love Me Back, da delicinha turca do pedaço de mal caminho do
iniciante Can Bonomo. Sempre acabo gostando das entradas da Turquia, um
pouco por nacionalismo e um pouco por gosto pessoal, mesmo. E com Can não foi
diferente. Conheci sua carreira mais de perto após o Eurovision e descobri um
jovem músico muito lindo talentoso e promissor.
E como falar de Eurovision 2012
sem falar da favoritíssima desde os primeiros instantes do concurso, Loreen? Para ser sincera, não fui
cativada por Euphoria quando ouvi pela primeira vez, ao contrário do que aconteceu com a imensa
maioria da comunidade eurovisiva. Até a achava um pouco superestimada. Mas, com
o tempo, fui pegando gosto pela música e pela intérprete e seu cabelo
perfeito e invejável, até conseguir aceitar sua vitória disparada. Me pego
gritando “EUPHOOOOOOOORIAAAAA!” até hoje. Inclusive, o título do blog (“An
everlasting piece of art”) vem do refrão de Euphoria.
Tomei tanto gosto pela sueca que
parei para ouvir seu álbum de estreia, Heal. Fui surpreendida positivamente.
Não se trata do meu estilo de música favorito, mas as letras certamente me envolveram.
Sem falar da voz de Loreen, impecável até mesmo ao vivo. O destaque vai para a
versão acústica do seu hit My Heart Is Refusing Me.
Ainda na atmosfera eurovisiva, o maNga, uma das minhas bandas
preferidas que representou a Turquia no concurso em 2010, lançou um álbum acústico que é simplesmente
um presente dos deuses. A coletânea traz versões acústicas dos antigos e novos sucessos
da banda, além da participação especial da cantora Yıldız Tilbe em uma das faixas
que se tornou uma das minhas preferidas do álbum. Além disso, destaque para a
versão acústica daquela que talvez seja a minha favorita da banda de todos os
tempos, Cevapsız Sorular.
E chega de música europeia por
ora. Partimos agora para o álbum que foi, literalmente, a trilha sonora da
minha vida nos dois últimos meses de 2012, Red, da cantora country (country?)
Taylor Swift. Sim, me julguem, eu gosto de Taylor Swift, e muito! A princípio,
fiquei um tanto quanto relutante com o novo álbum, devido às primeiras músicas
que foram lançadas e à forte influência da música pop e até do dubstep nelas. Mas
depois que o álbum foi lançado, me entreguei completamente aos encantos da
loira. Algumas músicas refletiam exatamente o momento que eu vivia, como All Too Well e I Almost Do, e isso acabou me atraindo ainda
mais pelo Red. Atualmente, ainda não enjoei de nenhuma música, mas ainda reluto
em ouvir as faixas mais pop do álbum, como a chatinha Starlight e a sem-sal 22.
2012
certamente foi o ano da Lana Del Rey. Conheci a cantora através de um amigo em dezembro
de 2011, quando ela possuía apenas algumas demos e dois singles lançados. Ao
decorrer do ano, a cantora dos lábios polêmicos lançou um álbum
maravilhoso, Born To Die, e sua versão especial, Paradise. Ambos tornaram-se espécies de
hinos para mim e meus amigos, e toda vez que ouço alguma faixa como Video Games
ou Radio, lembro de todos nós deitados no chão da minha sala ouvindo Lana e
cantando alto como se não houvesse amanhã. Ah, e é claro, antes que eu me
esqueça: my pussy tastes like Tubaína!
Voltando ao começo de 2012, outra
das minhas bandas favoritas me presenteou com um EP novo. The Pretty Reckless
lançou o pretensioso Hit Me Like a Man, que mostrou um lado mais
agressivo da banda que me agradou muito. Era exatamente o que eu queria ouvir
naquele momento. Os vocais do meu ícone referência de estilo Taylor Momsen foram trabalhados de forma mais incisiva e tornaram
o EP um dos mais ouvidos no meu ano de 2012. Além disso, super destaque para os
show da The Pretty Reckless no Brasil! Momsen é ainda mais linda ao vivo e o
show é empolgante do começo ao fim. Aliás, a foto a seguir foi tirada por mim!
Fora as novidades, continuei
ouvindo o que já ouvia antes. O álbum Chico, do meu cantor favorito de todos
os tempos, foi lançado no final de 2011 embalou meu ano seguinte por inteiro.
Apesar de o álbum nem se comparar aos célebres Construção e Meus Caros Amigos, lançados anteriormente por
Chico, o novo cd traz músicas românticas e ressalta a afrobrasilidade com a
belíssima faixa Sinhá.
Além disso, outro artista que fui
desbravando ainda mais neste ano foi o meu futuro marido músico
israelense Idan Raichel, e seu maravilhoso projeto homônimo. Idan tem 35 anos com
carinha de 25 e eu sem medo posso afirmar que ele é um dos músicos mais
talentosos do mundo todo. Seu projeto mistura ritmos latinoamericanos, africanos
e do Oriente Médio em faixas belíssimas que transmitem uma paz de espírito fora
do comum. Mi’maama’kim é uma das únicas músicas capazes de me acalmar em
momentos de crise, e ouço Chalomot Shel Acherim desde seu lançamento em 2007 sem
parar e sem enjoar.
Vou parar por aqui. Este post já
ficou longe demais e duvido que alguém tenha lido até o final e clicado em
todos os 40+ hiperlinks. Ainda poderia citar o novo álbum da isralense Shiri Maimon, a banda cubana que conheci
melhor esse ano Orishas, ou as fofíssimas eurovisivas Joan Franka e Soluna Samay que deixei de detalhar acima. Para eles, criei a seções abaixo, "Volume +" e "Volume -". Mas creio que consegui transmitir um pouco do que foi meu 2012 musical para
vocês. Espero ter adicionado pelo menos uma faixa nova ao player de música de
vocês!
Nenhum comentário:
Postar um comentário